Tecnologia das Forças Armadas do Brasil
Além dos grandes projetos, as Forças Armadas estão elaborando o Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (Paed). O Paed irá reunir todas as ações planejadas pelo Ministério da Defesa, incluindo a harmonização dos projetos das Forças Armadas; a recuperação da capacidade operacional; pesquisa, desenvolvimento e ensino; transferência de tecnologia e aquisição de equipamentos de defesa.
O Paed permitirá que as Forças Armadas consolidem requisitos para a aquisição de equipamentos, ampliando a eficiência e diminuindo custos. O Paed deve ser entregue ao ministro da Defesa até 31 de maio e encaminhado ao Congresso, como material de apoio ao Livro Branco de Defesa Nacional, que trará as linhas gerais da END, uma radiografia do setor, e a política de aquisição de equipamentos para o próximo quadriênio.
País deve investir R$ 66,4 bilhões em projetos estratégicos
A Estratégia Nacional de Defesa abriu caminho para o esforço de reaparelhamento das Forças Armadas com a definição de projetos prioritários, como o desenvolvimento de submarino a propulsão nuclear e a aquisição de novos aviões de caça
Projeto Objetivos Importância estratégica Duração Custo total estimado
Exército
Sisfron - Montar sistema integrado de monitoramento de fronteiras - Fortalecer a vigilância na faixa de fronteira com o uso interligado de sensores, redes e radares. - 2012 a 2022 - R$ 5,8 bi...
Blindados Guarani - Adquirir novos veículos blindados e anfíbios. O contrato prevê a fabricação, no Brasil, de 2.044 unidades em 20 anos - Trocar os antigos blindados por veículos que podem incorporar diferentes torres, armas, sensores e sistemas de comunicações e obter independência tecnológica nessa área - 2011 a 2031 - R$ 11 bi
Marinha
Prosub - Desenvolver cinco submarinos, quatro convencionais e um a propulsão nuclear, com implantação de estaleiro e base naval - Fortalecer a defesa da costa, obter tecnologia nuclear naval hoje dominada por um seleto grupo de países - 2009 a 2025 - R$ 26,4 bi
Reator Nuclear - Construir um protótipo de reator nuclear para fazer funcionar a propulsão de um submarino nuclear - Obter tecnologia para construir, inclusive, reatores para usinas de energia elétrica. Nenhum país repassa tecnologia nessa área - 2000 a 2015 - R$ 1,2 bi
Combustível nuclear - Dominar o ciclo de combustível nuclear - Produzir, em escala semi-industrial, combustível para uso das usinas nucleares de Angra - 2000 a 2030 - R$ 737 mi
Navios-patrulha oceânicos - Construir em estaleiros nacionais navios-patrulha oceânicos de 500 toneladas para a proteção das águas jurisdicionais brasileiras - Intensificar as ações de patrulha naval para fiscalizar o tráfego em águas costeiras e oceânicas e aumentar a capacidade de busca e salvamento ao longo da extensa área sob responsabilidade do Brasil - 2008 a 2018 - R$ 2,1 bi
Prosuper - Construir, com transferência de tecnologia, cinco navios-patrulha oceânicos e um navio tanque de apoio logístico e adquirir cinco novos navios-escolta (fragatas) - Renovar a frota de superfície com embarcações modernas, permitindo ampliar a presença da Marinha junto às reservas do pré-sal - 2012 a 2015 - R$ 3,5 bi
Força Aérea
FX2 (caças) - Adquirir inicialmente 36 novos caças - Reforçar o poder de dissuasão, absorver tecnologia participando ativamente do desenvolvimento das aeronaves - não determinado - R$ 5 bi
Hx-br (helicópteros) - Adquirir 50 helicópteros de transporte EC-725 (Super Puma/Cougar). Cada helicóptero pode transportar dois tripulantes e até 29 soldados totalmente equipados - Obter tecnologia. A construção dos helicópteros será feita pela Helibrás, subsidiária da Eurocopter instalada em Itajubá (MG) - 2009 a 2020 - R$ 4,8 bi
Cargueiro KC-390 - Desenvolver 28 cargueiros pela Embraer para substituir os antigos C-130 Hercules, a partir de 2016 - Melhorar o transporte militar médio e concorrer com EUA, Rússia e Ucrânia, os maiores produtores - 2009 a 2016 - R$ 3 bi
Controle do espaço aéreo - Modernizar o sistema implantando conjunto de soluções para a “navegação aérea do futuro” - Aumentar a segurança e a eficiência do gerenciamento do espaço aéreo, por meio de sistema de controle a partir de satélites - 1999 a 2015 - R$ 2,9 bi
Outros programas: Proteger (defesa antiaérea, aviação do Exército e equipamento das tropas); defesa cibernética; Astros 2020 (lançadores de foguetes e satélites); recuperação da capacidade operacional (aquisição de material bélico, como munição).